sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Efusivo

Tá aí, exatamente a palavra que descreve como tem sido meus últimos dias.
Cheios de mudanças, separações, reencontros, gente nova, gente velha, tudo no mesmo dia, ao mesmo tempo.
Dia cheio de trabalho, e se eu estiver ouvindo a música certa, desço elétrico do ônibus.
Percebo esses dias como faz falta ter minhas 2 (antes 4) horas semanais de colocar pra fora, em tons, melodias e notas semi-precisas, tudo aquilo que palavras não transcreviam.
Agora, faço uso da vivacidade e anonimato da noite para expressar as palavras que zumbem no meu ouvido dia sim e dia não, e arriscar pequenos remolejos compassados.
Talvez a fonte seja essa cidade que nunca dorme, sempre pronta pra surgir com algo novo, inesperado. Talvez tenha começado lá atrás, quando, de forma calma e lógica, recebi a notícia de que teria que sair de tudo que conhecia e me aventurar no desconhecido. Ou talvez seja a dose diária de cafeína.
Quem sabe? Só sei que tenho me sentido efusivo, animado e completamente despreparado pro futuro. E nunca estive tão feliz.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Musicais

Acho engraçado o sentimento que me evoca ao ver um musical. Não, não digo dos filmes que são musicais, me refiro àqueles com performance em teatros mesmo. Raw.
Começa a peça, ainda estou pensando em coisas inimportantes naqueles momento, problemas, soluções, pessoas, tudo e nada ao mesmo tempo. Mas no momento que as primeiras notas começam a fluir, parece que tudo vai desaparecendo e meu foco fica somente naquelas pessoas.
A interação daquelas pessoas ali, na minha frente, contando algo, causando inúmeras reflexões no mesmo momento, é inebriante. Muitas auto-percepções foram graças à esses espetáculos, pessoas interpretando e eu me colocando em suas lugares, involuntariamente.
Mas o que mais me impacta, não são os momentos durante a peça. São os dias que passam, aquelas músicas, grudadas na minha cabeça, e que ao ouvir novamente a trilha sonora, que agora, soa diferente, errada até, pois pra mim, os cantores certos foram aqueles, que deixaram o coração e a alma no palco.
Junto disso, vem aquele desespero, a ânsia de rever aquela peça, repetir a experiência, mas, por diversas razões, nunca, salvo uma peça, é possível. Fica então, aquela tristeza e alegria, batendo uma na outra, e me fazendo reviver aqueles mágicos momentos. Me lembrando que momentos nunca se repetem, e que sempre tem um próximo musical à se ver e viver.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Novamente, saudades. Mas diferente.

Sabe aquela sensação de nostalgia?
Sinto muito disso, ultimamente.
Sinto falta de pessoas que não vejo há muito tempo, mas que ficaram marcadas em mim.
Tornaram-se intrínsecas.
Talvez elas nem façam ideia disso. Talvez elas sintam isso também.
Não sei.
O que eu sei é que muita coisa mudou em um ano e meio.
Vi um mundo que construí e vivi por três anos, de uma hora para outra, acabar.
Passei por todos os estágios de perda, e agora estou aqui, construindo meu novo mundo.
Muitas coisas contribuíram para aumentar as distancias, porém, essas mudanças não me entristeceram.
Pelo contrário, elas me alegraram.
Vejo pessoas se realizando, fazendo o que realmente queriam.
Mas também vejo pessoas com medo de correr atrás daquilo que sonham, porém sei que logo encontrarão a força e coragem necessárias.
Tudo isso mudou completamente minha visão de mundo.
Fez com que eu percebesse que não vale a pena viver no passado, apenas relembrando e desejando reviver.
Fez-me arriscar, mudar, criar novas memórias e amizades, aumentando minha história.
Enfim.
Por fim, sinto saudades, sim. Mas mantenho minha promessa.
Continuarei minha amizade com aqueles que importam.
A distância não importa, pois está em constante mudança.
Imutável é o sentimento.

Nilson A. P. Neto
Relembrando e desejando.

domingo, 20 de março de 2011

23 dias

Sábado com preparações, risadas e MUITA pizza. A ficha cai.
Viagem para Rio Claro. Início da faculdade.
Vida nova, cidade nova.
Primeiro dia na cidade muito bom! Reencontro MUITO inesperado, novas amizades, preocupações dissolvidas, e muita alegria.
Passa a semana, 1ª volta com MUITOS acontecimentos que na hora estressaram mas agora rio deles.
A saudade começa a aparecer. De inicio, mansinha e logo é suprimida pelo longo feriado.
Semana curta, mas com tempo para muitos acontecimentos divertidos.
A saudade aumenta. Agora o tempo é pouco.
Retorno para a já-não-tão-nova cidade. As aulas começam pra valer.
1ª falta, mas que valeu MUITO a pena! Mais um pouco de saudades que "matei" porém sei que mais surgirão.
Está valendo a pena?
Acredito que toda e qualquer experiência é válida. Estou saindo da minha zona de conforto de uma maneira muito abrupta. Assusta? Claro, por que não iria?
É uma delícia conhecer e ver pessoas novas todos os dias, admito. Porém, a saudades é uma constante. Para uns mais, outros menos. Mas ela é sempre presente.
Tenho pequenos momentos de muitas saudade no meio da semana, admito. Mas sempre lembro que o final de semana está próximo e que poderei rever muitas pessoas, exatamente como tenho feito.
Estou adorando cada dia, mas ainda não posso dizer se está valendo a pena.
Afinal, esses foram apenas os primeiros 23 dos 1735 dias que ainda tenho pela frente, não é?

Nilson, futuro Cientista da Computação  

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Fim de ano

Outro ano passou. E muito mudou.
Novos colegas. Colegas que se tornaram amigos. E amigos que se tornaram insubstituíveis.
De tudo ocorreu. Brigas, discussões, afastamento, desculpas, reaproximações e muitas conversas.
No meio dessa loucura diária, encontramos tempo para rir, tomar vitaminas, dançar, cantar, jogar, nos aproximar e fortalecer nossas relações.
Até que chegou o dia da separação.
No início, ninguém se deu conta, mas quando alguém começou a chorar, uma reação em cadeia se iniciou.
A ficha cai, você percebe que agora, as distâncias que eram anuladas, se tornam reais, os sonhos de cada um nos direciona para lugares diferentes.
Pessoas que você se acostumou a ver diariamente, ou mesmo aquelas que se conheceu perto do fim, simplesmente, desaparecem.
E tudo que restou, foi o abraço. Um abraço que tentou transmitir toda a saudade antecipada e o quanto nos importávamos com o outro.
Mas nos despedimos com a promessa de não nos esquecer e mantermos contato, não importando como, mas que nada nos separe.
Se essa promessa será cumprida? Só o futuro sabe. Depende de nós aceitarmos as distâncias, ou nos esforçar para cumpri-la.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Saudades

Já sinto saudades de tudo o que acontece agora.
Não me permito pensar que não verei as pessoas que me "acostumei" a ver.
Me lembro das pessoas que passava boa parte comigo e que nunca imaginei que seria tão difícil de vê-las.
Ou até mesmo impossível.
Me recordo que em minha infância, tinha ótimos amigos.
Pessoas que me acolheram quando todos me rejeitavam. E minhas próprias escolhas me fizeram afastar-me delas.
Gostaria muito de retomar a amizade do ponto que ela parou. Mas isso parece ser difícil.
Não me arrependo dos caminhos que tomei, mas sinto falta de determinadas pessoas.
Imagino como seria se tivesse insistido em manter essas amizades.
Enfim.
A probabilidade do destino me distanciar dessas novas amizades é grande. Admito.
Mas percebi que, de nada vai adiantar sentar e chorar por todos que não vejo.
Esforçarei-me para manter viva todas essas amizades, e quem sabe, até retomar algumas antiga.

Futuro

Penso no meu futuro.
Planejo a faculdade que vou entrar, o curso, o emprego, a casa e todas as viagens.
Alegro-me com as grandes possibilidades que estão a minha frente.
Mas, afobo-me.
Quero que o tempo voe, que eu tenha tudo o que quero e no lugar que quero.
Então, acordo e vejo que isto está longe e que de nada adianta me desesperar.
Respiro fundo, me acalmo e penso que tudo dará certo, e retorno à minha rotina.